Fala, Fanáticos! Tudo certo por aí ou a ansiedade já começou? Se já, temos que admitir que talvez ela aumente com o tema que separamos para falar hoje: o Clássico da Saudade.
E não é só porque Palmeiras e Santos farão a final da Libertadores da América esse ano, não. Mas um clássico, com mais de 100 anos, tem muita história para contar e merece ter um espaço aqui.
Aliás, falando em final de Libertadores, anota no seu caderninho, porque ela está batendo na porta! Já é sábado, dia 30 de janeiro, e ela vai acontecer lá no Estádio do Maracanã!
Ai ai, o texto nem começou e a ansiedade já começou a bater… Mas bora fazer um resumão do Clássico da Saudade, antes que a final chegue!
Por que “Clássico da Saudade”?
O termo que o clássico entre Santos e Palmeiras leva consigo surgiu anos após o primeiro encontro entre os times e não tem nada a ver com o primeiro ano de disputas.
O “Clássico da Saudade” existe, na verdade, por conta da década de 1960. Isso porque, naqueles anos, o clássico viveu seu auge, principalmente porque se tratava do encontro entre Pelé e Ademir da Guia.
Só essa explicação já deixa bem entendido o motivo do termo, né? Aliás, e que saudade… Mas o lado bom é que a saudade pode ser substituída por uma ansiedade boa, né? Até porque, os elencos de hoje vão realizar a primeira final paulista da Copa Libertadores.
106 anos de história
O Clássico da Saudade já vem repleto de momentos gloriosos e, podemos dizer, que a final da Libertadores é mais um capítulo histórico para esse livro de 106 anos.
Tudo começou quando o Palmeiras tinha apenas um ano de fundação. O clube alviverde queria conquistar uma vaga para jogar o Campeonato Paulista de 1916, mas para isso, teria que ganhar de um time de ponta e, na época, o melhor time era o Santos.
Sem medo da disputa que era até desigual, o ainda Palestra Itália entrou em campo contra o Santos no dia 3 de outubro de 1915. Valendo a vaga para o Paulistão do ano seguinte, e deram o pontapé na história do clássico entre os dois times paulistas.
Porém, a primeira partida não foi boa para o time alviverde e marcou a maior goleada do time santista em cima do Palestra Itália: 7 a 0. Os gols foram de Patusca (3), Anacleto (2), Aranha e Arnaldo Ferreira.
A partida aconteceu no Velódromo de São Paulo, o primeiro estádio brasileiro. E um fato importante foi que toda a verba arrecadada seria doada para as vítimas da seca do Nordeste.
Após o apito final, muitos cogitaram que o Palmeiras não vingaria, porém, mal sabiam que esse mesmo time alviverde seria um dos maiores rivais do time santista.
Números do Clássico da Saudade
Ao todo, já foram feitos 330 “Clássicos da Saudade”, e, apesar de ter começado atrás no placar, o Palmeiras tem vantagem em número de vitórias em cima do Santos. Sendo assim, são 138 vitórias do alviverde, 105 do Santos e 87 empates.
Quando o assunto são gols a favor, o Palmeiras soma 561 e o Santos 474.
Mas, separando por competições, a vantagem se intercala entre os times, dá uma olhada:
Brasileirão: 28 vitórias do Santos, 21 do Palmeiras e 26 empates;
Paulistão: 93 vitórias do Palmeiras, 54 vitórias do Santos e 45 empates.
E, quando se trata de estádios, a diferença de resultados também acontece:
Pacaembu: 30 vitórias do Santos, 27 alviverde e 26 empates;
Vila Belmiro: 47 vitórias do time santista, 43 do Palmeiras e 44 empates;
Allianz Parte: 5 vitórias do Palmeiras, 3 empates e 1 vitória do Santos.
Maiores goleadas
Palmeiras:
11 de dezembro de 1932, 8 a 0 para o time alviverde (a maior goleada do Clássico da Saudade);
31 de março de 1965, 7 a 1 para o Palmeiras;
24 de março de 1996, 6 a 0.
Santos:
03 de outubro de 1915, 7 a 0 para o time santista;
12 de abril de 1939, 6 a 1 para o Santos;
23 de novembro de 1982, 6 a 1 para o time da Vila.
A goleada mais recente foi a favor do Palmeiras, em 18 de maio de 2019, quando bateu o Santos por 4 a 0.
Artilharia: No Clássico da Saudade, quem deixou mais gols anotados foi Pelé (Santos), com 32 feitos, e Heitor (Palmeiras), com 13.
Finais diretas com direito a Clássico da Saudade
Se estamos nos preparando para um Clássico da Saudade na final da Libertadores, nada mais justo do que falar sobre as finais em que Palmeiras e Santos já se encontraram.
Ao todo foram 7 finais, sendo:
Campeonato Paulista: 1928, 1960 e 2015;
Torneio Estado de São Paulo: 1970;
Torneio Início Paulista: 1926 e 1937;
Copa do Brasil: 2015
E dessas 7 finais, o Santos ficou com a taça 4 vezes e o Palmeiras 3.
E quando o assunto são os confrontos decisivos, ou seja, em fase de mata-mata de alguma competição, o Santos sai em vantagem novamente: o time da Vila eliminou o Palmeiras 7 vezes, enquanto o alviverde apenas 3.
Curiosidades do Clássico da Saudade
➟ No Paulistão de 1927, o Santos foi a primeira equipe a possuir um ataque que realizou 100 gols em apenas uma edição, porém, sabe quem parou esse ataque e conquistou o campeonato daquele ano? O Palmeiras, quando venceu a equipe santista por 3 a 2 na final;
➟ O apelido “porco” não era aceito pelos palmeirenses e era considerado uma ofensa, mas ganhou o coração de todos após uma vitória num Clássico da Saudade, em 1986;
➟ Na era Pelé, quando todos os títulos pareciam ser apenas do Rei, o Palmeiras foi o único a “roubar” algumas taças do Paulistão, como em 1959, 63 e 66;
➟ O time do Palmeiras é o maior detentor de série invicta no Clássico da Saudade, já foram 15 jogos sem perder para o rival. Porém, o Santos não fica muito atrás, já que o maior tempo sem perder para o Palmeiras foram 10 jogos;
➟ A partida com mais gols foi em 6 de março de 1958, quando o Santos venceu o Palmeiras por 7 a 6.
Resumidamente, a história do Clássico da Saudade é essa e, lógico, está vindo mais um capítulo dela por aí!
E falando em Libertadores, por que você não confere a história desse torneio que é a obsessão de todos? Se liga que tem texto aqui no blog: História da Libertadores da América: paixão e obsessão.
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