Salve meu Fanático! As #Olimpiadas2021 estão chegando e aqui os corações estão a mil para acompanhar um dos maiores espetáculos esportivos do mundo. E pra amenizar a ansiedade chegamos para contar a história da judoca brasileira Rafaela Silva, a primeira medalhista de ouro no judô brasileiro.

Rafaela Silva

A judoca brasileira nasceu em 24 de abril de 1992 no Rio de Janeiro, na famosa comunidade Cidade de Deus. Desde criança Rafaela Silva sempre foi uma criança muito ativa e que adorava jogar bola com os amigos na rua, mas que também sempre se metia em confusão por ser “muito briguenta”, segundo ela mesma.

Rafaela Silva

Foto: Reprodução

Os pais da menina, pensando em tirá-la das ruas e do meio das confusões, decidiram colocar a Rafa e a irmã, Raquel, no Instituto Reação, um projeto criado pelo medalhista olímpico Flávio Canto para incentivar o desenvolvimento das crianças de comunidade dentro do esporte.

Início no esporte

Rafaela Silva começou a fazer parte do instituto em 2000, bem no começo do projeto. No início era apenas uma forma de gastar energia da menina que tinha apenas 08 anos de idade, mas aos poucos o treinador, Geraldo Marques, percebeu que Rafaela era uma joia bruta do judô e com o treinamento certo poderia representar o Brasil como atleta.

No começo a menina não gostava muito dos treinos, mas aos poucos o judô foi cativando e ganhando o coração da Rafa. O esporte também ensinou a pequena Rafaela Silva sobre a disciplina e o respeito, assim o temperamento forte da menina se transformou em força de vontade e garra para lutar por medalhas.

Confira um depoimento de Geraldo Bernardes sobre o começo de Rafaela Silva no judô no vídeo abaixo:

As primeiras competições

Ainda na adolescência a menina já tinha bons resultados e mostrava ser uma promessa de títulos para o Brasil. O primeiro título grande de Rafaela Silva, foi a Copa do Mundo Sub-20 de judô de 2008, com apenas 16 anos ela se tornou campeã mundial sub-20.

Para participar do Pan-americano de Guadalajara em 2011, Rafaela Silva, na época com 19 anos, venceu a primeira judoca brasileira medalhista olímpica da história, Ketleyn Quadros. Já durante a disputa no México, Rafa disputou com outras judocas já conhecidas e estabelecidas na modalidade como Joliane Melançon (Canadá) e Yadinis Amaris (Colômbia) para chegar até a final.

Na disputa pelo título Rafaela Silva enfrentou a cubana Yurisleidys Lupetey, e apesar de não ter vencido já consagrou seu nome como vice-campeã mundial, além de mostrar para suas adversárias que não seria fácil enfrentá-la nas olimpíadas no ano seguinte.

Ainda em 2011 Rafaela Silva ainda teve mais uma difícil competição pela frente, o Mundial de Paris. A atleta conseguiu vencer cinco grandes adversárias durante a competição, mas na final não conseguiu superar a japonesa Aiko Sato.

Olimpíadas 2012

Rafaela Silva

Foto: Reprodução

Rafaela Silva chegou como destaque para as Olimpíadas de Londres em 2012, mas infelizmente a competição terminou mais cedo do que deveria para a atleta. Em sua segunda luta, contra a húngara Hedvig Karakas, a brasileira desferiu um golpe ilegal e acabou desclassificada das Olimpíadas.

Depois da competição Rafaela sofreu com ataques racistas nas redes sociais e chegou a pensar em desistir da carreira de atleta. Mesmo assim, ainda em 2012, ela disputou o Grand Slam de Tóquio e conquistou uma medalha de bronze.

A redenção

Em 2013 a brasileira disputou o mundial de judô no Rio de Janeiro. E depois de ser duas vezes, 2011 e 2013, vice-campeã da competição, finalmente Rafaela Silva conseguiu o título. Com uma campanha incontestável na competição a menina que cresceu e treinou na favela, entrou para a história como a primeira judoca brasileira campeã mundial.

Rafaela Silva

Foto: Reprodução

Dois anos depois, em 2015, a atleta entrou para a marinha e disputou os jogos mundiais militares de Mungyeong e conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil.

Olimpíadas 2016

Para os jogos olímpicos do Rio em 2016, Rafaela Silva foi determinada a conquistar medalha. Ela não só estava em sua cidade natal como fez questão de garantir que toda a sua família, amigos e companheiros de treino estivessem na arquibancada torcendo por ela.

Rafaela lutou contra a alemã Miryam Roper na primeira rodada e contra Jan-Di Kim nas oitavas de final. Nas quartas de final a brasileira encarou a húngara Hedvig Karakas, a mesma contra a qual ela foi desclassificada em Londres, mesmo assim ela se manteve firme e venceu sua adversária.

Nas semifinais a romena Corina Caprioriu foi, segundo a própria Rafaela, sua luta mais difícil, nenhuma das duas conseguiu pontuar no tempo normal. A luta precisou ir ao “Golden score”, que é quando a luta continua até que um dos competidores (as) consiga fazer o ponto da vitória, ou até que seu oponente seja punido. A brasileira conseguiu pontuar e chegou a grande final.

Na final, contra a experiente judoca da Mongólia Dorjsurengiin Sumiyaa, Rafaela Silva chegou a pontuar ponto no início da luta e precisou segurar a adversária que tentou o tempo todo, no mínimo, empatar o combate. Mas ao fim do tempo normal de luta a medalha de ouro era da brasileira.

Confira na íntegra a luta que deu o ouro para Rafaela Silva no vídeo abaixo:

No mesmo ano ela ainda foi eleita Melhor Atleta do Ano, Melhor Judoca do Ano e Atleta da Torcida no Prêmio Brasil Olímpico.

Dopping

No ano seguinte aos jogos olímpicos, Rafaela Silva participou do mundial de judô de 2017, realizado em Budapeste, a atleta conquistou a medalha de prata na categoria equipes mistas. Em 2019, mais uma vez, a atleta brasileira cravou seu nome na história do judô brasileiro conquistando sua primeira medalha de ouro em Pan-Americano, na competição que aconteceu em Lima, no Peru.

Foto; Reprodução

No entanto, essa medalha foi revogada pois a atleta testou positivo para fenoterol, uma substância que dilata as vias respiratórias, que é proibida para atletas. Rafaela alega que a substância foi inalada por ter tido contato com uma criança em tratamento para asma dias antes da competição.

No entanto a alegação não foi aceita pela Federação Internacional de Judô que suspendeu a atleta por dois anos. Rafaela recorreu da decisão e continua tentando provar que a contaminação não foi intencional para conseguir, pelo menos, que sua punição seja diminuída o suficiente para que ela consiga participar da edição 2021 dos jogos olímpicos mas por enquanto ela está suspensa das Olimpíadas de Tóquio 2021.

Medalhas

Competição Ano Categoria Medalha
Pan-Americano Guadalajara 2011 Até 57Kg Prata
Mundial de Judô 2011 Até 57Kg

Equipes

Prata

Prata

Mundial de Judô 2013 Até 57Kg

Equipes

Ouro

Prata

Jogos Mundiais Militares Mungyeong 2015 Até 57Kg

Equipes

Ouro

Ouro

Pan-Americano Toronto 2015 Até 57Kg Bronze
Olimpíadas Rio 2016 Até 57Kg Ouro
Mundial de Judô 2017 Equipes Mistas Prata
Mundial de Judô 2019 Até 57Kg

Equipes Mistas

Bronze

Bronze

Pan-Americano Lima 2019 Até 57Kg Ouro

Enquanto aguardamos a decisão da Federação Internacional de Judô, confira a história de outro atleta da nossa série #Olimpiadas2021.

Veja também: Marta: a história da Rainha do futebol #Olimpiadas2021

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