Nem sempre os uniformes de futebol tiveram a personalização com nome e número como vemos hoje em dia.

Aliás, os uniformes nem eram tão importantes assim. Considerados hoje como um forte símbolo dos clubes, além de identificar e diferenciar os times, no começo as camisas faziam pouca diferença para as partidas.

Seu surgimento está ligado a razões muito mais práticas, a partir da padronização das regras do futebol, que acabou tendo consequências também no uso do uniforme.

Só a partir de 1870 os uniformes passaram a fazer parte do esporte. Na primeira final da Copa da Inglaterra, em 1872, o Wanderers vestiu rosa, preto e um vermelho escuro. O adversário, o Royal Engineers, jogou com um vermelho escuro e camisas azuis.

Personalização com o número dos jogadores

Somente após 70 anos desde o surgimento do futebol que resolveram numerar as camisas dos jogadores, já que as inúmeras confusões de identificação por causa das semelhanças físicas de alguns atletas acabavam atrapalhando até as súmulas feitas no fim da partida.

Oficialmente, a primeira partida de futebol com camisas numeradas foi a final da FA Cup entre Everton e Manchester City, no Wembley Stadium, dia 29 de abril de 1933. A da ideia personalização com números era pra facilitar a identificação dos jogadores dentro do campo.

Por ainda ser um teste, os organizadores da Football Association decidiram distribuir os números de uma maneira um pouco curiosa: os jogadores do Everton, mandante da partida, atuaram com as camisas numeradas de 1 ao 11, enquanto o City jogou com os números de 12 a 22.

Personalização nas camisas: o 1º jogo com camisas numeradas

Primeiro jogo com as camisas numeradas. Fonte: site Blue Correspondent

 

O jogo terminou com a vitória do Everton por 3 a 0 e o título da Copa da Inglaterra. Os gols foram marcados por James Dunn (Camisa 8), Dixie Dean (Camisa 9) e Jimmy Stein (Camisa 11).

Com o sucesso da ideia, a Football Association resolveu aderir ao sistema de numeração na temporada seguinte, mesmo com a rejeição de boa parte dos jogadores ingleses, que diziam que ficariam parecidos com presidiários.

A FIFA (Federação Internacional de Futebol), por sua vez, obrigou as seleções a usarem os números nas camisas a partir da Copa do Mundo de 1950, no Brasil. No entanto, o esquema de numeração já não era mais uma novidade em terras canarinhas desde 1947.

Já a personalização com nome e número fixo foi exigida pela entidade a partir de 1994.

 

A mística dos números

Além de identificar os jogadores, os números serviam até tempos atrás para distinguir as posições em campo, como você pode ver a seguir:

Posição do Jogador e Número da Camisa
Goleiro – 1
Lateral-direito – 2
Zagueiro – 3
Quarto Zagueiro – 4
Volante – 5
Lateral-esquerdo – 6
Ponta-direita – 7
Meia-direita – 8
Centroavante – 9
Meia-esquerda – 10
Ponta-esquerda – 11

Pra você ver como isso era levado a sério, o estagiário disse que quando era pequeno e jogava como volante, perguntava quando entrava no jogo qual número era pra marcar.

Só que, com o passar dos anos, essa numeração fixa foi mudando e deixando de ter tanta importância.

Em uma partida profissional hoje em dia, é comum ver jogadores com números fora desse padrão, seja por gosto próprio ou para homenagear uma data ou alguém.

 

Personalização nas camisas: a 80 de Ronaldinho Gaúcho no Milan

Ronaldinho Gaúcho usou a 80 no Milan, ano do seu nascimento, 21/03/1980. Foto: AP Photo/Daniele Badlato.

Acostumado a vestir a 10, o ‘Bruxo’ usou a 80 quando jogou no Milan pra não criar atrito com o dono da camisa 10 na época, o holandês Clarence Seedorf.

Outro exemplo é o atacante brasileiro que atua pelo Manchester City, Gabriel Jesus, que usa o número 33 em referência à idade de Jesus Cristo quando foi crucificado.

A partir do número 12 só usavam jogadores reservas, começando pelo goleiro e terminando no número de jogadores disponíveis no banco.

Agora, é possível ver número 90, 89, 77, referentes a títulos importantes dos clubes ou ano de nascimento. Até com 3 dígitos, para homenagear o número de partidas do jogador pelo clube.

Personalização nas camisas: a 47 de Emerson Sheik

Sheik usou a 47 em seu retorno ao Corinthians, em homenagem à data da conquista do Timão na Libertadores, dia 04/07/2012. Fonte: site Meu Timão

 

Além da simples identificação e personalização, certos números se tornaram místicos ao longo tempo, como o 10, preferido pelo Rei Pelé e que acabou virando referência pro futebol arte, gols e genialidade, usado pelo melhor jogador do time, o craque.

Personalização nas camisas: a 10 do Pelé

Pelé, com a camisa 10 do Santos, no Estádio da Vila Belmiro. Data da foto: 1973
Fonte: site da Veja

 

Depois de Pelé, gênios e craques da bola passaram a usar a 10, como: Maradona, Zico, Raí, Ronaldinho Gaúcho, Messi, entre tantos outros.

Personalização nas camisas: a 10 do Maradona

Fonte: site Trivela

Os números influenciaram e influenciam até hoje os jogadores e as partidas de futebol. Mas, seja qual for o número, o que a gente gosta mesmo é do futebol bonito, com dribles e muitos gols.

 

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