Desde o início da sua história, os Jogos Olímpicos têm sido palco para a celebração de uma variedade cada vez maior de modalidades esportivas. E em 2021, a adesão do skate nas Olimpíadas de Tóquio foi muito mais do que uma simples adição ao programa – foi o reconhecimento da cultura e da influência global dessa forma de expressão urbana. E agora vou te contar um pouco mais do caminho trilhado por tantos atletas para conseguir um espaço nos jogos olímpicos para o skate.
Skate nas Olimpíadas
O skate, originado nas ruas como uma forma de autoexpressão e desafio criativo, encontrou seu caminho para a arena olímpica após décadas de perseverança por parte de seus praticantes e apoiadores. Com uma base sólida de eventos competitivos em todo o mundo, o skate trouxe consigo uma comunidade vibrante e apaixonada, pronta para mostrar ao mundo o que essa modalidade pode oferecer e as torcidas que ela movimenta.
A jornada do skate até as Olimpíadas foi marcada por desafios e debates sobre como integrar uma cultura tão complexa no contexto olímpico. No entanto, o compromisso comum de promover a inclusão e diversidade prevaleceu, e em Tóquio 2021, finalmente aconteceu a estreia do skate na Olimpíadas.
Desde então, os skatistas de todo o mundo têm competido em duas disciplinas principais: street e park. Na categoria street, os atletas mostram suas habilidades em um ambiente que simula cenários urbanos, como corrimãos e escadas. Enquanto isso, na categoria park, os skatistas enfrentam uma pista com rampas e obstáculos que desafiam sua capacidade técnica e criatividade.
O Brasil, conhecido por sua paixão pelo skate e por produzir alguns dos melhores talentos do mundo, não decepcionou em sua primeira aparição olímpica. Desde o início, os skatistas brasileiros demonstraram sua habilidade e determinação, conquistando medalhas e deixando sua marca na história olímpica do esporte.
Medalhas do Brasil no Skate Olímpico:
- Pedro Barros – Medalha de Prata (Park Masculino) – Pedro Barros já tinha um título mundial, e dois vices na categoria park quando chegou para a disputa da medalha olímpica. Chegou na final com outros dois brasileiros, todos com chance de medalha, mas dividiu pódio com um australiano e um americano.
- Kelvin Hoefler – Medalha de Prata (Street Masculino) – Kelvin Hoefler fez história ao conquistar a medalha de prata na categoria street masculino, demonstrando uma performance técnica impressionante e um estilo único que o colocou no pódio olímpico.
- Rayssa Leal – Medalha de Prata (Street Feminino) – A jovem Rayssa Leal, carinhosamente conhecida como “Fadinha do Skate”, encantou o mundo com sua habilidade e determinação, conquistando a medalha de prata na categoria street feminino aos 13 anos de idade, tornando-se a medalhista mais jovem do Brasil na história dos Jogos Olímpicos.
Conheça a história da mais jovem medalhista olímpica brasileira em Rayssa Leal: a história da Fadinha do Skate
Estas conquistas não apenas celebram o talento excepcional dos skatistas brasileiros, mas também destacam o potencial do skate como uma forma de arte e competição que transcende fronteiras culturais e geográficas.
Regras do skate olímpico
O skate nas Olimpíadas é dividido em duas modalidades, o street e o park.
No skate Street as provas acontecem em um percurso em linha com escadas, corrimãos e outros obstáculos que tem como objetivo lembrar os ambientes urbanos em que o skate nasceu. Cada atleta tem duas corridas de 45 segundos e cinco manobras. Em cada rodada a corrida com a maior pontuação e as duas manobras mais bem avaliadas são somadas para resultar na pontuação final.
Já no skate Park a prova ocorre em um percurso que combina bowls e curvas que os atletas usam para ganhar velocidade e realizar suas manobras. Aqui cada atleta realiza três apresentações de 45 segundos com a melhor das voltas contando como a pontuação final da rodada.
Em ambas as modalidades as provas consistem em duas fases, as preliminares e as finais. e os critérios para pontuação são dados com base em altura, grau de dificuldade e velocidade das manobras, além de contar também a criatividade de cada skatista para aproveitar os espaços de cada modalidade.
Evolução do esporte
À medida que o skate continua a se estabelecer como um pilar nos Jogos Olímpicos, podemos esperar ver mais histórias de superação e excelência vindas dos talentosos skatistas brasileiros. Todos eles prontos para deixar sua marca no mundo do esporte olímpico. O futuro do skate nas Olimpíadas promete ser emocionante e inspirador, e o futuro do Brasil como celeiro de atletas de altíssimo nível a longo prazo também.
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