Salve FANÁTICAS E FANÁTICOS! Tudo bem? Bora dar seguimento com a série: Brasil na Copa do Mundo. Dessa vez vamos falar da campanha da seleção canarinho na Copa do Mundo de 70, no México. Para muitos foi o time mais forte que o futebol já viu carimbou o Tri Mundial da Seleça e a última dança do Rei em mundiais.

Preparação para a Copa

O Brasil passeou nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 70. O sorteio colocou o Brasil ao lado de Colômbia, Paraguai e Venezuela. Foram seis vitórias em seis jogos, 23 gols marcados e apenas dois sofridos. Porém, como toda vez que tem Brasil na Copa do Mundo, tem polêmica. O entrevero se deu por conta do treinador João Saldanha.

Jornalista de origem, Saldanha tinha a missão de reconstruir o time canarinho após o fracasso da Copa do Mundo de 66 na Inglaterra. Mas, mesmo com tantas vitórias, João Saldanha foi trocado. A antiga CBD, presidida por João Havelange, optou por Zagallo, pressionado pelo presidente militar Médici, que não aceitava um treinador da Seleção Brasileira com ideias comunistas, caso de João Saldanha que militava junto ao PCB (Partido Comunista do Brasil).

Missão Brasil na Copa do Mundo

BRASIL NA COPA DO MUNDO - MÉXICO 70

Zagallo assumiu com a missão de colocar todos os craques daquela geração juntos no onze inicial. A tarefa não era fácil e era necessário uma revolução tática. Pois é, o mítico e bicampeão mundial como jogador Mario Jorge Lobo Zagallo conseguiu.

A convocação contou com cinco camisas 10. Eram praticamente os 5 melhores jogadores do país. Gerson, Rivelino, Tostão, Jairzinho e Pelé. A lista completa era a seguinte: Goleiros

Félix (Fluminense-RJ)

Ado (Corinthians-SP)

Leão (Palmeiras-SP)

Zagueiros e laterais

Brito (Flamengo-RJ)

Piazza (Cruzeiro-MG)

Carlos Alberto (Botafogo-RJ)

Marco Antônio (Fluminense-RJ)

Baldocchi (Palmeiras-SP)

Fontana (Cruzeiro-MG)

Everaldo (Grêmio-RS)

Joel (Santos-SP)

Zé Maria (Portuguesa-SP)

Meio-campistas

Clodoaldo (Santos-SP)

Gérson (São-Paulo-SP)

Rivelino (Corinthians-SP)

Paulo César (Botafogo-RJ)

Atacantes

Jairzinho (Botafogo-RJ)

Tostão (Cruzeiro-MG)

Pelé (Santos-SP)

Roberto (Botafogo-RJ)

Edu (Santos-SP)

Dadá Maravilha (Atlético-MG)

Para Zagallo, missão dada é missão cumprida.  Logo na estreia ele colocou em campo todos os camisas 10 juntos, sem contar os outro seis craques que compunham o time titular. Félix, Carlos Alberto, Piazza, Brito e Everaldo; Clodoaldo, Gerson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino.

Fase de Grupos

BRASIL NA COPA DO MUNDO - MÉXICO 70

A Tchecoslováquia era a adversária do primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo do México, e os tchecos até que assustaram abrindo o placar, mas em seguida voltou ao normal. O Brasil virou e aplicou uma goleada de 4 a 1 com gols de Rivelino, Pelé e Jairzinho (2).

A segunda partida foi para muitos a mais difícil da caminhada do Brasil na Copa do Mundo de 70. O adversário eram os ingleses, campeões do mundo quatro anos antes. O jogo foi marcado pela dificuldade que o Brasil enfrentou em furar o bloqueio inglês e por um lance que marcou o futebol. Pelé recebeu o cruzamento de Jairzinho vindo da ponta direita, sobe mais alto que toda a zaga inglesa, cabeceia para o chão, a bola parece entrar, até encontrar a mão direita do paredão Gordon Banks. Uma das defesas mais impressionantes da história do futebol.

Mas voltando ao jogo, o Brasil venceu os ingleses por 1 a 0 com gol de Jairzinho, o Furacão da Copa marcou aos 14 minutos da segunda etapa e garantiu a segunda vitória do Brasil na Copa do Mundo.

No terceiro jogo, o adversário não era tão fácil quanto se imaginava. A seleção romena chegou ao terceiro jogo com a árdua missão de vencer o Brasil para embolar o grupo de vez e deixar Brasileiros, Romenos e Ingleses decidindo as duas vagas no saldo de gols. Contudo o Brasil não deu maré para o azar. Logo de cara abriu o placar com Pelé, ampliou com Jairzinho. Com 2 a 0 no placar, ainda viu a Romênia diminuir. Mas quem tem um Rei, tem tudo. Pelé fez 3 a 1 e colocou o Brasil nas quartas. Ainda deu tempo para os romenos marcarem no finzinho, mas a reação parou aí. No fim, 3 a 2 Brasil e campanha 100% na fase de grupos. Era só o começo do Brasil na Copa do Mundo do México.

Quartas de Final

BRASIL NA COPA DO MUNDO - MÉXICO 70

A fase final do Brasil na Copa do Mundo reservava um sul-americano no caminho do super time do técnico Zagallo. Dessa vez os adversários seriam os peruanos, comandados pelo atacante Teófilo Cubillas. O favoritismo era total dos brasileiros e isso nunca foi problema.

Em uma tarde inspirada do camisa 9 do Brasil, o craque cruzeirense Tostão, os brasileiros não tomaram conhecimento da equipe andina. Rivelino abriu o placar, Tostão ampliou ainda aos 15 minutos. Aos 28 minutos Gallardo diminuiu. No segundo tempo o Brasil abriu 4 a 1, com gols de Tostão novamente e Jairzinho. Cubillas ainda marcou para os peruanos. No fim, o Brasil na Copa do Mundo chegava na semifinal a espera de um clássico.

Semifinal

BRASIL NA COPA DO MUNDO - MÉXICO 70

O Brasil teria pela frente um clássico. O adversário que vinha do outro lado da chave, os uruguaios. Após vencer os soviéticos nas quartas de final, em um jogo que foi a prorrogação, os uruguaios estavam prontos para uma guerra.

E os ânimos estavam tão a flor da pele que Pelé perdeu a cabeça. Mas quando o Rei perde a linha, a arbitragem não vê. Pelé deu uma cotovelada em um defensor que havia feito uma falta grave minutos antes. Na porrada o Brasil estava levando a melhor, mas no futebol os uruguaios saíram na frente. Aos 19 minutos, Cubilla abriu o placar. Mesmo saindo atrás no placar, o Brasil seguia atacando.

No fim do primeiro tempo, Clodoaldo empatou. Ir para o intervalo com o placar em igualdade era o ideal. Na volta para o segundo tempo nada de mudanças. A estratégia foi boa, o Brasil atacou bastante, mas só aos 31 minutos do segundo tempo. Jairzinho, o Furacão da Copa fez para o Brasil. No finalzinho, Rivelino, a Patada Atômica, fechou o placar em 3 a 1. O Brasil na Copa do Mundo do México, dessa forma, alcançava a sua terceira final em 12 anos.

Final

BRASIL NA COPA DO MUNDO - MÉXICO 70

A final não valia “apenas” o título mundial. Brasil e Itália chegaram no Estádio Azteca, na Cidade do México, para definir quem ficaria em definitivo com a Taça Jules Rimet, já que ambas as seleções eram bicampeãs do Mundo.

O que se viu naquele dia foi um ATROPELO. O melhor jogo do Brasil na Copa do Mundo de 70 foi justamente na final contra a Itália. Logo aos 18 minutos o Rei Pelé abriu o placar para a Seleção Brasileira numa cabeçada indefensável.

Como em todos os jogos da Copa, o Brasil não conseguiu manter o placar tranquilo, sempre tomando algum susto. Até que aos 37 minutos o atacante Boninsegna empatou o jogo. Gol esse que praticamente ninguém se lembra.

Na segunda etapa o Brasil precisava atacar para voltar a liderança do placar. Aos 21 minutos, Gérson concluiu após ótima troca de passes finalizada pela canhota do meio campista brasileiro de fora da área. Dessa forma o Brasil abria 2 a 1.

O que todo jogo do Brasil tinha era gol do Jairzinho. O Furacão do Brasil na Copa do Mundo do México marcou gol em todos os jogos daquela Copa. Até hoje, é o único que conseguiu essa façanha. Aos 31 minutos da segunda etapa Ele anotou o dele após belo passe de cabeça de Pelé.

Como os antigos diziam, faltava um gol para se transformar em goleada do Brasil. Além disso, faltava o gol do capitão daquela seleção. Carlos Alberto Torres, o Capita, precisava marcar o dele. E foi com a representação do que era o time do Brasil na Copa do Mundo de 70, um gol de puro jogo coletivo.

Muita troca de passes, até a bola chegar em Jairzinho, pela ponta esquerda, conduzir e driblar o adversário, a bola passar pelos pés de Pelé, ultrapassagem em alta velocidade de Carlos Alberto Torres, o capricho do morrinho para ajeitar a bola na altura certa da batida, pancada no canto, indefensável para o goleiro Albertosi.

Com 4 a 1 no placar, o Brasil entrava para a história como o primeiro time a vencer todos os jogos da Copa e não só por isso, para muitos foi o time mais dominante de todos os tempos. O Brasil na Copa do Mundo do México se sagrava tricampeão do mundo. A Copa de 70 também foi a última do Rei Pelé, que se despedia da Seleção Brasileira no seu auge. Zagallo, o técnico daquele esquadrão conseguia seu terceiro mundial. Que 24 anos depois se transformaria em 4 títulos (em breve aqui no blog).

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