Fala Fanático! Tudo bem, por aí? Hoje vamos conversar sobre a história e patrimônio do nosso futebol: A história do Troféu do Brasileirão. O recorte que faremos será a partir de 1971, quando a antiga CBD passou a denominar os torneios nacionais de Campeonato Brasileiro.
Portanto, esse recorte histórico não levará em consideração as disputas dos torneios da Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa, que posteriormente foram unificados ao Campeonato Brasileiro pela CBF. Porém, vamos ao que interessa. Confira abaixo a história do Troféu do Brasileirão
Quatro anos, quatro taças diferentes (1971 – 1974)
Entre os anos de 1971 e 1974, mais precisamente nas quatro primeiras edições do torneio nacional, as taças entregues ao campeão era exclusiva de cada edição. Ou seja, o Troféu do Brasileirão não havia uma identidade definida, nem sequer a taça exclusiva do torneio.
Troféu Copa Brasil ou Taça das Bolinhas (1975 até 1992)
Essa taça é o puro suco do futebol brasileiro. Aliás, é o puro suco do que é ser brasileiro. Criado em 1975 o Troféu Copa Brasil ou Taça das Bolinhas foi o primeiro Troféu do Brasileirão e seria entregue aos campeões apenas para as festividades no gramado e retornaria ao cofre da Caixa Encoima Federal, quem patrocinou a confecção do troféu, logo na sequência. Os campeões de cada ano levavam apenas uma réplica com a metade do tamanho da taça que era transitória.
A regra para ficar definitivamente com o troféu era a seguinte: vencer três vezes o campeonato de forma consecutiva ou acumular cinco títulos. Isso sem levar em consideração as edições anteriores.
O troféu tem uma altura de 60 centímetros e pesa 5,6 quilos, é composto por 156 esferas, sendo uma de ouro e as demais de pratas, banhadas a ródio para proteger o metal. As esferas estão distribuídas em 13 níveis, elas vão aumentando de tamanho a cada nível, apoiadas em uma base de madeira de jacarandá, como um todo, essas esferas constituem o formato de uma taça.
Segundo seu criador, o artista plástico Maurício Salgueiro, a ideia era valorizar o campeonato, dessa forma o contínuo aumento no tamanho das esferas representa o crescimento dos times durante o certame, cabendo ao campeão brasileiro da temporada o ápice, a esfera de ouro e de maior volume situada no núcleo do nível superior.
Em 1980 o campeão recebia um outro troféu, além da replica da Taça das Bolinhas. Isso durou alguns anos, normalmente esses troféus tinha mais de um metro da altura, era comum ver capitães sofrendo mais para erguê-los após o título do que para conquistar em campo.
Nos anos de 1987 e 1988 a Revista Placar ofereceu aos campeões o Troféu Copa União, que levava o nome do torneio naqueles anos. Mal sabiam que este título de 1987 causaria tanta polêmica anos depois, em 1992.
Isso aconteceu, pois, a CBF não reconhecia o Flamengo como legítimo Campeão Brasileiro de 1987, já que a disputa aconteceu após a fundação do Clube dos 13, em uma tentativa de passar a organização do futebol nacional para as mãos dos clubes.
Em 1992 o Flamengo conquistou seu quinto título brasileiro, dessa forma poderia levar para sua sala de troféus a Taça das Bolinhas de forma definitiva. Mas isso representava que o Sport, campeão do torneio organizado pela CBF em paralelo a Copa União se sentisse prejudicado.
Até aí, tudo tranquilo, pois moralmente o Flamengo era penta campeão. Contudo, em 2007 o São Paulo conquistou o penta Campeonato Brasileiro e reivindicou a Taça das Bolinhas como dono legítimo do troféu. Muita disputa judicial ocorre até os dias atuais. Neste momento o troféu está em posse do Flamengo desde 2020 devido uma liminar que impede a CBF de retirá-lo da Gávea.
Puro suco de Brasil! O país onde o Troféu do Brasileirão vira caso de instancias máximas da Justiça.
Troféu Campeonato Brasileiro (1993 – 2013)
Após o ‘fim’ da rotatividade do Troféu Copa Brasil a CBF colocou em disputa o Troféu Campeonato Brasileiro. A ideia de uma nova taça surgiu do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que queria dar ao campeonato uma identidade.
Ele então contratou o artista plástico Holoassy Lins de Albuquerque para a confecção do troféu. De acordo com Albuquerque, o troféu foi projetado para ter um design inédito e que fosse diferente de tudo que era visto no mundo, adequado à modernidade do tempo contemporâneo em que vivemos, com o troféu incorporando em suas linhas “suaves” e “equilibradas”, conceitos filosóficos subjacentes em um jogo de futebol.
O troféu ficou em disputa até o ano de 2013 e era dado de forma exclusiva para o campeão de cada ano. A única exceção foi em 2000, quando por problemas judiciais foi organizada a Copa João Havelange, equivalente ao campeonato brasileiro.
Troféu Brasileirão (2014 – presente)
O Troféu Brasileirão, nome dado pela CBF à taça do Campeonato Brasileiro, é entregue ao campeão do certame nacional desde 2014. A peça é entregue anualmente ao campeão de forma definitiva. Cada edição conta com uma taça diferente. Curiosamente, o Cruzeiro foi o primeiro clube do Brasil a erguer o Troféu Brasileirão e o último a erguer o troféu anterior que era entregue desde 1993.
A taça atual pesa 15 quilogramas e é banhada a ouro. Com 60 centímetros de altura, 45 cm de largura e 40 cm de profundidade. Em seu design, o troféu possui um losango e um círculo (uma bola de futebol dourada) no centro, fazendo uma alusão à bandeira do Brasil. No último Brasileiro, em 2021, ela ganhou o acréscimo de uma inscrição em homenagem aos 50 anos do torneio.
Corinthians, Flamengo e Palmeiras já levantaram o Troféu Brasileirão duas vezes cada. Os gigantes de Minas, Atlético e Cruzeiro ergueram uma vez cada.
E aí, curtiu o texto de hoje? Então comenta aqui embaixo qual achou o mais bonito e qual desses troféus seu clube mais conquistou.
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