Fala meu Fanáticos! Tudo bem? Chegamos mais uma vez pra falar sobre a as bolas da Copa do Mundo. Desta vez, fizemos um texto explicando nos mínimos detalhes tudo sobre a história das bolas da Copa do Mundo.

De quebra, colocamos o vídeo do nosso canal no YouTube com o grande Riky Mizukami, @qgcamisas_classicas falando sobre a Al Rihla, a bola oficial da Copa do Mundo de 2022 no Qatar. Se quiser já conferir, só apertar o play aqui em baixo.

Primeiras bolas da Copa do Mundo

Entre a Copa de 1930, no Uruguai, até a Copa do Mundo de 1938, na França, as bolas da Copa do Mundo eram de capotão e tinham costuras e bicos expostos, o que causava preocupação e algumas lesões nos atletas. Algumas curiosidades aconteceram nesta época, como na final da Copa do Mundo de 30, onde não houve acordo entre Uruguai e Argentina. No primeiro tempo a bola usada foi a escolhida pela Argentina e no segundo tempo a bola escolhida pelos uruguaios.

Após a interrupção da Copa do Mundo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o torneio voltou a ser disputado no Brasil em 1950 com uma grande mudança nas bolas da Copa do Mundo pelota: as costuras passaram a ficar na parte interna da bola, o que diminuiu as lesões e consequentemente aumentou a segurança dos atletas e a quantidade de bolas aéreas.

Foto: worldcupballs.info - Blog da Fut - Bolas da Copa do Mundo: A história das pelotas que rolaram nos mundiais
Foto: worldcupballs.info

Primeiro Batismo

Oito anos mais tarde, a primeira vez que as bolas da Copa do Mundo passaram a ser batizadas. Nem tanto no material e na produção, mas em 1958, na Suécia, a Copa do Mundo teve uma bola produzida exclusivamente para o torneio. Um concurso internacional foi aberto e a concorrência para fabricar a bola da copa foi vencida por uma empresa do próprio país sede. Ainda pesada, e sem ser impermeável, a pelota chutada na Suécia deu sorte ao Brasil, que saiu do país europeu com o primeiro título mundial.

A Copa do Bi brasileiro, em 1962, no Chile, não teve tanta mudança, a não ser na cor, mais esbranquiçada. Seguia com a mesma coloração marrom, fabricada em couro e sem desenho algum. Deu sorte, Garrincha brilhou no país sul-americano e saímos campeões.

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A revolução das bolas da Copa do Mundo

Quatro anos depois, na Inglaterra as bolas da Copa do Mundo passaram a ter mais gomos. As bolas deixariam de ter 18 gomos e passariam a ser fabricadas com 24 gomos. Além disso, a bola era predominantemente laranja. A bola desta Copa, assim como as anteriores, era costurada à mão. Antes da definição da bola escolhida houve uma disputa com vários costureiros locais, mas quem venceu foi Malcom Wainwright, que batizou sua criação de Challenge 4-Star.

Em 1970, no México, a primeira grande revolução das bolas da Copa. A primeira vez que que a pelota foi produzida pela Adidas, a bola ganhou nova coloração, nome e função nas transmissões esportivas. A TELSTAR, foi a bola da primeira Copa do Mundo televisionada ao vivo.

Costurada com 32 painéis (gomos), sendo que os pentágonos eram pintados de preto e os hexágonos em branco, a TELSTAR prometia ser o equipamento perfeitamente redondo. Batizada como “Estrela da Televisão” (TelStar), esta bola facilitava as transmissões, pois eram muito mais visíveis. Curiosamente, alguns jogos daquela Copa a TELSTAR teve uma configuração de cores diferente. Foram nos duelos Alemanha x Bulgária e México x Inglaterra, ambos na primeira fase e Alemanha x Inglaterra, nas quartas.

Na Copa seguinte, na Alemanha em 1974, a TELSTAR ganhou novas cores. A bola toda branca foi batizada de Adidas Telstar Durlast Chile e foi usada em algumas partidas daquela Copa. Já a pelota tradicional, branca e preta, usada na maioria dos jogos, Adidas Telstar Durlast, ganhou essa palavra a mais graças a durabilidade. Durlast significa ‘durabilidade’, que era a inovação prometida na época.

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A primeira mudança de desenho nas bolas da Copa do Mundo

Em 1978 na Argentina a grande revolução de design nas bolas da Copa do Mundo. Pela primeira a bola teria um desenho diferente para o torneio mundial. A Tango é um clássico e foi desenhada com 20 painéis com “tríades” que criavam a impressão visual de 12 círculos idênticos.

Em 1982 praticamente não houveram mudanças no design, porém no material de produção a mudança foi grande. Em 1982 foi a última Copa do Mundo com uma bola que era fabricada em couro como matéria prima, mas as costuras passaram a serem seladas, o que aumentava a impermeabilidade. A ‘balón’ foi chamado de Tango España.

Já no México em 1986 a bola passou a ser produzida com material sintético como matéria prima principal. Dessa forma, aumentou-se a durabilidade e a impermeabilidade, dificultando ainda mais a absorção de água na bola. O design das tiras da Tango foi modelado em referência às punturas rupestres astecas, que viveram no México no século XIV e XVI. A bola foi batizada de Adidas Azteca.

Na Itália em 1990 a bola era totalmente impermeável. Chamada de Etrusco Unico, os desenhos da bola remetiam a três cabeças de leões etruscos, importante culturalmente no País da Bota. A Etrusco Unico foi usada também na Euro de 1992, realizada na Suécia.

A Copa da novidade, o Soccer, 1994, Estados Unidos da América. Para a Copa do Mundo em solo americano e Adidas aumentou ainda mais sua tecnologia. Para aumentar a impermeabilidade, a Questra, nome dado para o objeto, ganhou uma camada de polietileno, aumento a velocidade, conforto e controle. O nome Questra veio da antiga frase: ‘The quest for the stars’, em uma tradução livre: ‘A busca pelas estrelas’.

A bola da Copa da França, vencida pelo país sede, em 1998, foi a primeira a utilizar espuma sintética avançada em sua fabricação. A Adidas Tricolore tinha matriz apertada e regular, composta por enchimento de gás, micro balões de alta durabilidade e fechamento individual. Além disso, os seus desenhos foram impressos com uma tecnologia chamada ‘under glass’ para aumentar a durabilidade e visibilidade do design da bola. Os desenhos dentro das tríadez azuis, com detalhes em vermelhos e branco, eram galos para representar o animal e as cores do país-sede.

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Fim do perfil ‘Tango’ nas bolas da Copa do Mundo

Fim das tríadez e início da exclusividade de desenhos em cada bola da Copa do Mundo. Pela primeiras a base do design mudaria para a Copa do Mundo do Penta, realizada no Japão e na Coreia do Sul em 2002. A Adidas Fevernova possuía uma camada sintética de altíssima qualidade, aumentando assim as qualidades de performance. A base da bola era costurada em três camadas, permitindo mais precisão e previsibilidade da trajetória da bola. As cores, baseadas na cultura asiática, eram revolucionárias para uma bola de futebol. A lâmina (shuriken) no centro, com detalhes de chamas vermelhas, foi escolhida para simbolizar o esforço gigantesco e a energia que a Coreia do Sul e o Japão investiram para receber a Copa.

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Gomos diferentes na bola da Copa do Mundo

Novamente inovando. A bola da Copa da Alemanha em 2006, a Adidas + Teamgeist. era até então o ápice da modernidade. Os gomos tinham formatos circulares, parecendo pequenas peças que se encaixavam. O nome era uma homenagem para o jogo coletivo, já Teamgeist representa o ‘espirito de equipe. Outra mudança legal foi a coloração da bola da final do torneio, com detalhes em dourados, para representar a importância do jogo. Essa bola é tão marcante que muitos se lembram dela, como se lembram do tetra da Itália e obviamente, da cabeçada do Zidane no Materazzi.

Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach - Blog da Fut - Bolas da Copa do Mundo: A história das pelotas que rolaram nos mundiais
Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

JABULAAAAANI

Já que quer evolução? ENTÃO RECEBA! A Jabulaaaaaaaani, eternizada na voz do eterno Cid Moreira, virou o terror de todo goleiro do mundo. Ela prometia ser a bola mais redondo de todos os tempos, isso mesmo. Jabulani representa ‘celebração’ em Bantu, um dos dialetos da África do Sul, país sede. Confundiu goleiros com sua trajetória irregular, por causa do contato do ar com os gomos redondos, bem juntos, e uma superfície ligeiramente irregular, cheio de ranhuras, diminuindo a atrito com o ar e variando na frente dos arqueiros. O desenho representava a união das 11 tribos e idiomas que compõem a África do Sul, além de lembrar dos 11 jogadores em campo.

Foto: Action Images / Tony O'Brien - Blog da Fut - Bolas da Copa do Mundo: A história das pelotas que rolaram nos mundiais
Foto: Action Images / Tony O’Brien

Brazuka – A bola da Copa do Mundo no Brasil

A Adidas Brazuka foi a primeira bola em uma edição de Copa do Mundo que teve seu nome decidido por enquete popular. A gorduchinha da Copa de 2014 no Brasil tentou representar bastante a nossa história. Muito colorida, alegre e acima de tudo, remetendo a paixão brasileira pelo futebol. Pena que não deu tão certo e a seleção saiu com a maior tragédia da história do futebol, o 7 a 1 da semifinal contra a Alemanha.

Foto: REUTERS/Damir Sagolj - Blog da Fut - Bolas da Copa do Mundo: A história das pelotas que rolaram nos mundiais
Foto: REUTERS/Damir Sagolj

Volta da Telstar

A TELSTAR VOLTOOOOU! Isso aí, a Telstar 18 voltou na Copa do Mundo da Rússia em 2018. Remodelada, é claro, mas com um design que remetia a clássica bola de 1970. Os gomos em preto foram transformados em estampas metálicas e artes gráficas com efeito texturizado. E a tão inovadora bola da Copa do Tri brasileiro era homenagem às transmissões ao vivo da Copa, dessa vez a Telstar 18 trazia um chip NFC, que permite interação de quem está com a bola e um smartphone.

Foto: REUTERS/Maxim Shemetov - Blog da Fut - Bolas da Copa do Mundo: A história das pelotas que rolaram nos mundiais
Foto: REUTERS/Maxim Shemetov

Al Rihla – Bola da Copa do Mundo de 2022

A bola da Copa do Mundo de 2022 já é conhecida, a Adidas Al Rihla. Mundo, repleta de arranha céus a prédios de tirar o fôlego. Além da arquitetura, a Adidas também usou como referencia a bandeira do Qatar e seus tradicionais barcos locais. Outra novidade é a composição dos 20 gomos que formatam o modelo da bola da Copa do Mundo de 2022. Outro fato novo é a texturização do material utilizado na superfície, feito em 100% de Poliuretano Termoplástico (TPU), prometendo mais estabilidade e precisão no voo da pelota. A Adidas chegou a essa conclusão após diversos testes serem realizados em tuneis aerodinâmicos, os mesmo para desenvolvimento de automóveis. Estes testes possibilitaram que a bola da Copa do Mundo de 2022 tivesse menos atrito e resistência ao ar, deixando o material mais rápido. Segundo a diretora de design de materiais e estampas de futebol da Adidas Franziska Loeffelmann, em nota publicada, a velocidade já é parte do jogo. “O jogo está ficando mais rápido e, à medida que acelera, precisão e estabilidade em voo se tornam criticamente importantes. O novo design permite que a bola mantenha velocidade significativamente maior durante sua trajetória no ar”, explicou.

Conheça a Al Rihla, disponível aqui na Fut!

Bolas da Copa do Mundo - Al Rhila - FutFanatics

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