Antes de conquistar o mundo com seus gols e títulos, o começo da carreira de Cristiano Ronaldo foi marcado por sonhos, dificuldades e uma vontade inabalável de vencer. O menino da Ilha da Madeira mostrou desde cedo que tinha algo especial, uma mistura rara de talento, disciplina e ambição.
Neste artigo, vamos relembrar os primeiros passos do Super Craque, descobrir curiosidades sobre sua infância e juventude e entender como ele se tornou um dos maiores nomes da história do futebol.
Um garoto de talento precoce

Cristiano Ronaldo estreou pelo Sporting contra a Inter de Milão em uma das eliminatórias da Champions League. Foto: Divulgação/Liga Portugal.
O começo da carreira de Cristiano Ronaldo tem início em Funchal, capital da Ilha da Madeira. Nascido em 5 de fevereiro de 1985, Cristiano começou a dar seus primeiros chutes aos 7 anos, no modesto clube Andorinha, onde seu pai trabalhava como roupeiro.
Não demorou para que seu talento chamasse atenção. Passou pelo Nacional da Madeira e, aos 12 anos, já estava viajando sozinho para Lisboa, após ser aprovado nas categorias de base do Sporting. Longe da família e dos amigos, Cristiano enfrentou o frio da capital portuguesa.
Problemas cardíacos
O começo da carreira de Cristiano Ronaldo quase foi interrompido antes mesmo de alçar voo. Aos 15 anos, enquanto jogava no Sporting, o jovem prodígio descobriu que tinha os batimentos cardíacos irregulares, um diagnóstico que poderia ter encerrado sua trajetória ali mesmo.
Segundo sua mãe, Dolores Aveiro, foi preciso assinar documentos para autorizar uma delicada cirurgia a laser no coração. “Cristiano não estava preocupado, mas eu estava apavorada”, confessou ela em entrevista. O procedimento foi um sucesso, e CR7 voltou aos campos.
Cristiano Ronaldo e Jardel

Ao subir ao profissional do Sporting, Cristiano Ronaldo encontrou o já consagrado e artilheiro da Europa, Mário Jardel. Foto: Divulgação/Sporting.
Cristiano Ronaldo foi promovido ao time principal do Sporting na temporada 2002/2003, ano em que o elenco contava com nomes como Ricardo Quaresma e o artilheiro Mário Jardel, então no auge de sua carreira. Em entrevista ao podcast Agora Pod, Jardel revelou que, após os treinos, costumava ajudar o jovem Cristiano a aprimorar o cabeceio, uma habilidade que anos depois se tornaria uma das marcas registradas do craque.
Um detalhe curioso dessa convivência é que, por um breve período de dois meses, Jardel chegou a ser cunhado de Cristiano Ronaldo. Apesar da convivência próxima, o ex-centroavante admitiu que, na época, não imaginava que aquele garoto se tornaria um dos maiores jogadores da história do futebol.
A relação paterna entre Felipão e Cristiano Ronaldo

Felipão levou o jovem Cristiano Ronaldo para a Euro 2004 em Portugal e ficou ao lado do craque por 5 anos na seleção portuguesa. Foto: Getty Images.
Durante os anos em que comandou a seleção portuguesa, entre 2003 e 2008, Luiz Felipe Scolari acompanhou de perto a ascensão de Cristiano Ronaldo, do jovem promissor do Sporting ao astro internacional do Manchester United.
Em entrevista ao jornal inglês Daily Mail, Felipão relembrou um episódio marcante dessa trajetória: foi ele quem deu ao jogador a notícia da morte de seu pai, em setembro de 2005, enquanto Cristiano estava concentrado com a seleção portuguesa. Segundo o treinador, ninguém sabia como abordar o assunto, e ele mesmo se ofereceu, por já ter enfrentado a dor de perder o pai anos antes.
“Foi muito duro. Mas também foi o momento que criou um vínculo entre nós, que vai além da relação entre técnico e jogador”, contou Scolari. Mesmo abalado, Cristiano decidiu entrar em campo no dia seguinte, em uma partida contra a Rússia. “Ele me disse: ‘Não posso fazer nada pelo meu pai hoje. Então, jogarei amanhã e depois irei’. E fez um jogo estupendo.
Para o treinador, aquele gesto de força e entrega simbolizava a essência do craque, foco, superação e respeito à camisa que vestia, qualidades que o tornariam o melhor jogador do mundo.
Felipão também destacou a dedicação incansável de Cristiano, e como mantinha contato com Alex Ferguson, técnico do United, para acompanhar de perto o desenvolvimento do jogador. Segundo ele, Ferguson frequentemente relatava o empenho diário de CR7 nos treinos.
Anos depois, ao se encontrarem como adversários na Premier League, Felipão pelo Chelsea, trocaram elogios e até dividiram uma taça de vinho após um empate. “Quando deixei o Chelsea, Cristiano foi o primeiro a falar publicamente. Disse que eu deveria ter ficado”, lembrou. Para além dos títulos e das manchetes, ficou uma amizade moldada por confiança e respeito.
Cristiano Ronaldo no Manchester United: um casamento que quase não aconteceu

O Manchester United queria Ronaldinho para substituir Beckham. O negócio melou, Ferguson pediu o jovem português. Foto: Divulgação/Premier League.
David Beckham, um dos maiores nomes do United, passou nove anos no clube, onde foi capitão e usou a icônica camisa 7. Com a experiência de ter jogado duas Copas do Mundo, ele era uma peça fundamental dos diabos vermelhos. Na janela de transferências da temporada 2002/2003, Beckham se transferiu para o Real Madrid para se juntar à Zidane, Ronaldo e Figo.
Para preencher a lacuna deixada pelo craque, o técnico Alex Ferguson mirou em Ronaldinho Gaúcho. Porém, o jogador acabou escolhendo o Barcelona, frustrando os planos do United. Foi então que Ferguson tomou uma decisão que mudaria a história do clube. Ele apostou em um jovem prodígio português, Cristiano Ronaldo.
A aposta se mostrou um acerto espetacular para todos os envolvidos. No Manchester United, CR7 se transformou em um jogador lendário. Ele conquistou sua primeira Bola de Ouro em 2008, a primeira de suas cinco Champions League, além de empilhar diversos outros títulos, consolidando-se como um dos maiores jogadores de todos os tempos.
De jovem prodígio à super craque

No Real Madrid, Cristiano Ronaldo se tornou rei. Foram 450 gols em nove temporadas. Foto: Getty Images.
No começo de sua carreira no Manchester United, Cristiano Ronaldo era um ponta driblador e abusado, conhecido por sua velocidade e seus lances individuais. Ele era uma jovem promessa que, sob a tutela de Sir Alex Ferguson, se transformou em um dos melhores jogadores do mundo, culminando com sua primeira Bola de Ouro em 2008.
Essa fase inicial era marcada por um estilo de jogo mais solto, onde ele usava sua habilidade para desequilibrar as defesas adversárias, muitas vezes jogando pelas pontas.
No entanto, a mudança para o Real Madrid marcou uma evolução significativa em seu estilo de jogo. Cristiano Ronaldo passou de ponta a um atacante mais centralizado, adaptando-se para ser um “homem-gol”. Ele aprimorou seu posicionamento na área, sua finalização e, principalmente, sua cabeçada, tornando-se uma máquina de fazer gols.
Essa transformação foi fundamental para que ele deixasse de ser uma promessa para se tornar uma lenda do futebol, com uma média de mais de um gol por jogo no Real Madrid e colecionando inúmeros títulos e recordes individuais. A disciplina tática e a obsessão por resultados o levaram a ser um dos maiores jogadores do século e da história.
Futfanatics e a paixão por ídolos eternos
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