Se você é fanático por basquete, com certeza já se perguntou como funciona o Draft na NBA. Esse evento anual é um dos momentos mais esperados do calendário da liga e representa muito mais do que a simples escolha de jogadores, ele é o verdadeiro ponto de partida para carreiras e para a construção de elencos fortes.

Durante o Draft na NBA, as 30 equipes da liga têm a oportunidade de selecionar novos talentos do basquete universitário americano e do basquete internacional. O objetivo do sistema é promover o equilíbrio entre as franquias, oferecendo às equipes com pior desempenho na temporada anterior a chance de obter as primeiras escolhas do Draft.

Como funciona a ordem de escolhas?

A NBA Draft Lottery tem como objetivo ajudar as equipes com pior campanha da temporada anterior. Foto: Divulgação/NBA.

O evento é dividido em duas rodadas, totalizando 60 escolhas do Draft. As 14 primeiras escolhas são determinadas por meio da NBA Draft Lottery, uma loteria entre os times que não se classificaram para os playoffs. Quanto pior a campanha da equipe, maiores são suas chances de obter uma posição alta. Já as demais escolhas seguem a ordem inversa da classificação geral da temporada.

Trocas que mudam o jogo

Kobe Bryant, inicialmente foi draftado pelo Charlotte Hornets, mas o Lakers fez uma troca pelo pivô Vlade Divac. Foto: Divulgação/Lakers. 

Um dos elementos mais fascinantes do Draft na NBA são as negociações. Durante o evento, é comum ver franquias trocando suas posições no Draft por jogadores experientes ou até mesmo por futuras escolhas. Foi assim, por exemplo, que o Los Angeles Lakers conseguiu levar Kobe Bryant, mesmo ele sendo inicialmente selecionado pelo Charlotte Hornets. 

Momentos históricos do Draft

Em 1984, Michael Jordan foi a terceira escolha do Draft exercida pelo Chicago Bulls. Em 1996, Kobe Bryant foi a 13ª escolha do Charlotte e foi trocado pelo Lakers. Em 2003, Lebron James foi a primeira escolha do Cavaliers. Em 2018, Luka Doncic foi a terceira escolha do Atlanta Hawks. 

Alguns anos marcaram para sempre a história da NBA por conta do nível altíssimo de talento revelado. A classe de 1984 foi uma das melhores da história, Michael Jordan foi apenas a terceira escolha. Já na turma de 1996, surgiram craques como Kobe Bryant, Allen Iverson e Ray Allen. Em 2003, LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony iniciaram suas jornadas. São provas de que o Draft na NBA pode transformar a sorte de uma franquia em uma única noite.

O Draftado sem universidade: conheça a história de Lebron James

Lebron James foi draftado em 2003 sem passar pela universidade, um caso que gerou mudanças nas regras. Foto: Ronald Martinez/Getty Images.

LeBron James é um dos maiores jogadores que já passaram pela NBA. Durante o período escolar, atuava pelo St. Vincent-St. Mary High School. Em 2003, foi a primeira escolha do Draft pelo Cleveland Cavaliers, aos 18 anos. O caso de LeBron foi um divisor de águas, e desde então não é mais permitido que um jogador seja draftado sem passar, ao menos, um ano pela universidade.

 Em 2007, levou os Cavaliers às finais da NBA, sendo derrotado pelo San Antonio Spurs. Sem conquistar o título em Cleveland, transferiu-se para o Miami Heat em 2010.

Em Miami, disputou quatro temporadas e chegou a quatro finais consecutivas. O tão sonhado anel de campeão veio em 2012, com o bicampeonato logo em 2013.

LeBron retornou a Cleveland com o objetivo de conquistar o primeiro título da franquia. Em 2016, em uma virada histórica contra o Golden State Warriors, eternizou a frase: “Cleveland, isto é para vocês”.

Em 2018, encerrou sua segunda passagem pelos Cavaliers e assinou com uma das franquias mais icônicas da liga: o Los Angeles Lakers. Em 2023, tornou-se o maior pontuador da história da NBA.

É difícil saber até quando LeBron continuará em quadra. Mas o astro segue firme sob contrato com os Lakers e ainda escrevendo capítulos lendários no basquete mundial.

Mas o sobrenome James ainda tem muitos capítulos para escrever na NBA. Em 2024, Bronny James, filho de LeBron, foi draftado pelo Los Angeles Lakers como a 55ª escolha. Em sua temporada de estreia, Bronny disputou 27 jogos, com uma média de 6,7 minutos por partida. Anotou 2,3 pontos, com aproveitamento de 31,3% nos arremessos e 28,1% nas bolas de três. Também contribuiu com 0,7 rebotes, 0,8 assistências e 0,3 roubos de bola por jogo. Um começo modesto, mas promissor, afinal, o peso do legado e a força do nome estão ao seu lado.

O que define a elegibilidade?

Luka Dončić foi draftado em 2018, mas já tinha uma carreira sólida pelo Real Madrid e já havia participado da EuroBasket em 2017. Foto: Divulgação/NBA. 

Para que um jogador de basquete seja elegível e tenha a chance de ser selecionado no Draft da NBA, existem critérios claros estabelecidos pela liga. Primeiramente, na idade mínima, o jogador deve ter, pelo menos, 19 anos de idade no ano civil em que o Draft ocorre. Também é necessário que ele esteja um ano fora do ensino médio. Isso significa que, mesmo que um jogador se forme cedo, ele precisa esperar um ano para poder se declarar elegível.

A maioria dos jovens talentos chega ao Draft vinda do basquete universitário (NCAA), após passar um ou mais anos desenvolvendo suas habilidades em programas de faculdades nos Estados Unidos. No entanto, o Draft não se limita a jogadores do cenário universitário americano. Há também uma porta aberta para talentos do cenário internacional. 

Muitos jogadores que se destacam em ligas profissionais fora dos EUA podem se declarar elegíveis, como foi o caso de grandes estrelas como Luka Dončić, Yao Ming e Dirk Nowitzki, que começaram suas carreiras em outros países. 

Para esses jogadores internacionais, as regras de elegibilidade podem variar ligeiramente em relação à sua idade e ao tempo de experiência profissional fora dos Estados Unidos, mas o objetivo é o mesmo: encontrar os melhores talentos para a liga.

Draft e futuro das franquias

O Draft da NBA é um divisor de águas para o futuro das equipes. Um trabalho de olheiros (scouting) eficiente e decisões certeiras podem transformar uma franquia. Um exemplo clássico disso é o Oklahoma City Thunder, que demonstrou a força de um bom Draft ao revelar, em sequência, talentos como Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden. 

Essas escolhas transformaram a equipe, levando a um crescimento notável e chegando na histórica conquista do inédito título da NBA em 2025. O sucesso do Thunder prova que o Draft não é apenas uma formalidade, mas sim o alicerce para construir uma dinastia.

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