Fala, Fanáticos? Tudo certo?Bora falar daquela competição que é uma mistura de paixão e rivalidade? Talvez essas duas palavras sejam as que mais combinam com a história da Libertadores da América.

Falando em palavras que combinam com a competição, não podemos esquecer de uma outra, que anda sendo muito usada nos últimos anos: obsessão.

Se você também é um obcecado pela história da Libertadores, continue aqui com a gente e passe a entender como nasceu essa Copa que é um vício por todo o continente sul-americano.

A HISTÓRIA DA LIBERTADORES DA AMÉRICA: PRIMEIRO VEIO A IDEIA…

Em todo grande feito, existe uma idealização por trás. No caso da história da Libertadores, a ideia foi sonhada por Roberto Espil e José Usera Bermudez, em 1929.

Ambos eram dirigentes do Nacional do Uruguai, quando começaram a pensar em uma competição que reunia os campeões nacionais dos países sul-americanos.

Sem que a ideia saísse do papel, Roberto Espil seguiu sonhando e idealizando ainda mais a futura competição.

Em 1949, Espil passou a analisar a posição geográfica dos países e chegou a conclusão de que os vices-campeões dos países também poderiam participar.

UM PRIMEIRO TESTE DA COMPETIÇÃO 

Apesar das ideias terem sido dos uruguaios, foi um chileno que colocou-a em prática. Após dois anos, em 1948, Robinson Álvarez Marín, dirigente do Colo-Colo na época, recebeu apoio da CSF (Confederação Sul-Americana de Futebol) para que a competição acontecesse.

Porém, a competição ainda não era a Copa Libertadores que conhecemos hoje. Levando o nome de Copa dos Clubes Campeões Sul-Americanos, o torneio reuniu os times campeões dos países, alguns vices e outros convidados, sendo:

  • Colo-Colo, campeão chileno de 1947;
  • Nacional, campeão uruguaio de 1947;
  • River Plate, campeão argentino de 1947;
  • Litoral, campeão boliviano de 1947;
  • Peru, vice-campeão chileno de 1947;
  • Emelec, convidado por ser a melhor equipe do Equador no ano anterior;
  • Vasco da Gama, considerado o melhor clube brasileiro da época.

Esta única edição da Copa dos Clubes Campeões Sul-Americanos e quem ficou com a taça foi o time brasileiro, o Vasco da Gama.

 

Crédito: Domínio Público

LIBERTADORES PARA VALER

Mesmo ainda não sendo a competição que conhecemos nos moldes de hoje, a história da Libertadores deu as caras em 1958, quando o então presidente da CSF, o brasileiro José Ramos de Freitas, encaminhou um telegrama às Associações do Uruguai, Argentina,  Chile e Paraguai.

A mensagem era clara e dizia que iria visitar os países com o objetivo de tratar sobre competições futuras.

Já em 30 de julho de 1959, a CSF promoveu um Congresso em Caracas. O objetivo era unicamente a criação de uma competição que seria parecida com a Copa dos Campeões, já realizada anteriormente.

Porém, para que a ideia pudesse sair do papel e nascer a história da Libertadores, uma votação foi feita. Com o resultado final de 8 votos a favor, 1 contra, sendo do Uruguai, e uma abstenção da Venezuela, a competição começou a tomar forma no dia 2 de agosto.

Nos dias 27 e 30 de agosto daquele ano, mais congressos foram feitos para decidir detalhes finais da competição que estava por vir. Presidido por Fermín Sohueta, o congresso decidiu que o nome da competição seria: Copa Libertadores da América.

O nome, que o torneio carrega até os dias de hoje, serve de homenagens aos heróis que cimentaram a criação das Nações Sul-Americanas.

PRIMEIRA EDIÇÃO

No ano seguinte, em 1960, a primeira edição da história da Libertadores foi realizada. A primeira partida da competição, que ocorreu em 19 de abril daquele ano, foi um confronto entre Peñarol, do Uruguai, e Jorge Wilstermann, da Bolívia. O placar final do jogo foi de 7 a 1 para o time uruguaio.

O Peñarol seguiu firme até o final do torneio, quando se sagrou o campeão da edição, jogando contra o Olimpia, do Paraguai. O primeiro jogo da final, que ocorreu em Montevidéu, foi vencido pelo time da casa por 1 a 0. Já o jogo de volta teve o empate em 1 a 1.

TEM HISTÓRIA

Até hoje, foram realizadas 61 edições da Copa Libertadores. A competição tem como maior campeão, o

Independiente, da Argentina, que conquistou, ao todo, 7 taças. Em seguida, aparece o Boca Juniors em segundo, com 6 conquistas e, para fechar o top 3, vem o Peñarol, com 5 títulos.

Crédito: AFP

Os times brasileiros com mais conquistas são: São Paulo, Santos e Grêmio, com três títulos cada um. O Santos pode conquistar o seu quarto título este ano (2021).

AS MUDANÇAS AO LONGO DAS EDIÇÕES

Desde 1960, já tivemos Copa Libertadores de todos os jeitos. A última mudança no torneio (muito contestada, diga-se de passagem) foi a decisão de que a final da competição aconteceria com partida única e em campo neutro. Porém, se engana quem pensa que foram poucas as mudanças…

 

NÚMERO DE PARTICIPANTES

Podemos começar pelo número de participantes que, inicialmente, eram convocados apenas os sete campeões de cada país da América do Sul.

Alguns anos depois, a Copa passou a receber 20 países, o que não durou muito, já que em 2000, 32 equipes passaram a participar da competição.

Três anos depois, o número aumentou para 36. Em 2005 passou a ser 37 e em 2006, 38. Já em 2010, o número chegou a 40 equipes. Porém, em 2011, voltou a ser 38.

E, hoje, contando todas as equipes que participam desde as fases eliminatórias, podemos ver 47 camisas na caminhada pelo título.

FORMATO DE DISPUTA 

O formato da competição em si também mudou. O que antes era fase de grupos e mata-matas, hoje é:

  •  FASE PRELIMINAR: com três fases, que classificam quatro times para a fase de grupos;
  • FASE DE GRUPOS: são 32 equipes, divididas em oito  grupos. Com jogos de ida e volta contra cada time do grupo, são classificados para as oitavas de finais os dois primeiros de cada chave.

 

  • OITAVAS DE FINAL;
  • QUARTAS DE FINAL;
  • SEMIFINAL;
  • FINAL.

PARTICIPANTES

Como dito, a Libertadores reúne ao todo 47 times. Esses clubes são dos respectivos países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

A maioria dos países possuem quatro vagas na competição, os que se diferem são Brasil e Argentina, com sete e seis vagas, respectivamente.

Vale lembrar que, de 1998 até 2016, os times mexicanos também fizeram parte da competição.

NOMES:

A história da Libertadores da América coleciona diversos nomes, isso porque o torneio leva o nome do patrocínio master em algumas edições, como por exemplo:

  • Copa Toyota Libertadores, de 1998 a 2007;
  • Copa Santander Libertadores, de 2008 a 2012;
  • Copa Bridgstone Libertadores, de 2013 a 2017;
  • Copa Conmebol Libertadores, de 2018 a 2020.

CURIOSIDADES

PRIMEIRA FINAL ENTRE TIMES DO MESMO PAÍS: ocorreu em 2005, entre São Paulo e Atlético Paranaense.

MAIOR GOLEADA: quando, em 1970, o Pañarol venceu o Valencia por 11 a 2.

PRIMEIRO REPRESENTANTE BRASILEIRO: campeão da Taça Brasil de 1959, o EC Bahia foi o primeiro representante do Brasil na Libertadores;

PRIMEIRO CAMPEÃO BRASILEIRO: em 1962, o Santos conquistou o primeiro título brasileiro na Copa Libertadores e, como se não bastasse, no ano seguinte, o time santista conquistou o bicampeonato.

Crédito: O ESTADO DE S. PAULO

MAIOR ARTILHEIRO: o equatoriano Alberto Spencer marcou 54 gols no torneio,  em edições que representou o Peñarol e o Barcelona, do Equador.

MAIOR ARTILHEIRO EM UMA EDIÇÃO: representando o River Plate, da Argentina, Daniel Onega chegou a marcar 17 gols.

MAIOR ARTILHEIRO BRASILEIRO: na sexta colocação, o jogador Luizão chega para representar o Brasil no quadro de artilheiros. Ao todo, foram 26 gols, vestindo a camisa de São Paulo, Corinthians e Vasco na competição.

TOTAL DE CLUBES BRASILEIRO NA LIBERTADORES: de 1960 a 2020, 28 clubes brasileiros participaram de 61 edições da Copa.

BRASIL FORA DA LIBERTADORES: em 1966, 1969 e 1970, os times brasileiros se negaram a participar da Libertadores, isso porque alegavam que havia excesso de violência na competição.

FINAL EM 2018: A final foi marcada pelo SuperClássico entre River e Boca. O curioso que a decisão foi no estádio do Real Madrid,  Santiago Bernabéu. A mudança para Espanha aconteceu devido aos conflitos entre torcidas.

FINAL EM CAMPO NEUTRO: em 2019, Flamengo e River Plate realizaram a primeira final única da Libertadores e em campo neutro. A partida aconteceu no Estádio Monumental “U”, em Lima, no Peru.

Crédito: Reprodução/Conmebol

Agora, vamos para uma das partes que mais interessam os fanáticos por futebol: os campeões!

 

                   EQUIPES                                                        TOTAL                                                     ANOS

INDEPENDIENTE (ARG) 7 (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984)
BOCA JUNIORS (ARG) 6 (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)
PEÑAROL (URU) 5 (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987)
ESTUDIANTES (ARG) 4 (1968, 1969, 1970 e 2009)
RIVER PLATE (ARG) 4 (1986, 1996, 2015 e 2018)
OLIMPIA (PAR) 3 (1979, 1990 e 2002)
NACIONAL (URU) 3 (1971, 1980 e 1988)
SÃO PAULO (BRA) 3 (1992, 1993 e 2005)
SANTOS (BRA) 3 (1962, 1963 e 2011)
GRÊMIO (BRA) 3 (1983, 1995 e 2017)
CRUZEIRO (BRA) 2 (1976 e 1997)
ATLÉTICO NACIONAL (COL) 2 (1989 e 2016)
INTERNACIONAL (BRA) 2 (2006 e 2010)
FLAMENGO (BRA) 2 (1981 e 2019)
COLO-COLO (CHI) 1 (1991)
RACING (ARG) 1 (1967)
PALMEIRAS (BRA) 1 (1999)
ARGENTINOS JUNIORS (ARG) 1 (1985)
VÉLEZ SARSFIELD (ARG) 1 (1994)
VASCO (BRA) 1 (1998)
ONCE CALDAS (COL) 1 (2004)
LDU (EQU) 1 (2008)
CORINTHIANS (BRA) 1 (2012)
ATLÉTICO-MG (BRA) 1 (2013)
SAN LORENZO (ARG) 1 (2014)

E aí, curtiu essa história?

Aproveita e dá um pulinho da FutFanatics, lá tem camisas de todos os campeões da Libertadores para aqueles que são fanáticos pela Copa.

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